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Boletim Mensal da Guarda de Honra – Março 2025

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Boletim Mensal da Guarda de Honra – Março 2025

Por: Pe. Darlan Lima 

Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nos revela que somos seres feitos para nos amarmos uns aos outros. Num mundo marcado pelo pecado do individualismo, em que cada vez maior é o número de pessoas solitárias, ou que fazem a opção pelo isolamento, acreditamos que torna-se cada vez mais necessário voltar o nosso olhar para o Sagrado Coração de Jesus, o qual nos revela plenamente a nossa vocação à comunhão.

A partir da contemplação desse coração divino-humano, desejamos recordar sempre que o ser humano foi feito para experimentar e viver o amor de Deus, para existir em comunhão com Ele. O homem só pode reconhecer-se plenamente se experimenta esse amor, só consegue ver o seu rosto se contempla o rosto de Deus. Isso não se dá de forma abstrata, mas no encontro com Jesus Cristo, porque, como escreveu São Paulo na Carta aos Colossenses (1,15-20): “nele foram criadas todas as coisas”.  Porque o Deus ao qual ninguém jamais viu, tornou-se visível através de Jesus Cristo (Jo1,18). Essa visibilidade de Deus não tem outro objetivo que o de manifestar até as últimas consequências, inimagináveis para o ser humano, as profundezas do amor divino.

A partir da sua entrega total por amor à humanidade, Deus não pede outra coisa que não seja uma resposta de amor. O que Ele nos pede é para “amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos”. É com esta intenção de manifestar esse amor em atos concretos que podemos nos entregar às relações com os outros. Nas palavras e no testemunho de Jesus, entendemos que nós só amamos plenamente a Deus se amamos o irmão. Para mostrar essa compreensão, que faz parte Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja, vale a pena citar as palavras de Santo Agostinho:

“Portanto, quando amamos o irmão com amor, amamos o irmão em Deus, e é impossível não amar o Amor que nos impele ao amor do irmão. Daí se conclui que aqueles dois preceitos não podem existir um sem o outro. Se Deus é Amor, Deus ama deveras quem ama o amor. E necessariamente ama o Amor quem ama o próximo. Por isso, um pouco adiante, o apóstolo acrescenta: ‘Quem não ama seu irmão a quem vê, a Deus, que não vê, não poderá amar’ (1Jo 4,20). E o motivo de não ver a Deus é a falta de amor ao irmão. Quem, pois, não ama o irmão não está no amor, e quem não está no amor não está em Deus, porque Deus é Amor” (A Trindade, VII, 8, 12).

O Coração de Jesus torna-se fonte de conversão para nós a partir do momento no qual entendemos o quanto somos amados por Ele. Quando sentimos em nossos corações o fogo do seu amor, a exemplo dos discípulos de Emaús; experimentamos a força do amor de Deus fazendo arder nossos corações.

A partir dessa experiência de amor, sentimos em nossos corações um desejo vivo de retribuir este amor, de permanecer bebendo desta fonte que não se esgota. Queremos permanecer neste amor e sabemos que a única maneira é amando; amando como Ele ama, amando o irmão que é imagem e semelhança de Deus.

A partir da experiência da celebração da primeira sexta-feira da quaresma, desejo que você possa viver as alegrias do ser amado por Deus. Que esta seja a sua inspiração na caminhada de conversão: a busca de abandonar aquilo que te afasta do amor de Deus e dos irmãos.

Que a Virgem Maria, Mãe amorosa, nos ajude nesta caminhada quaresmal.

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Autor: Pe.Darlan Lima
Retor do Seminario e Diretor espiritual da Guarda de Honra

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