/
/
/
Participação do Seminário no Jubileu de Nossa Senhora da Piedade

Notícias

Participação do Seminário no Jubileu de Nossa Senhora da Piedade

Nos dias 17 e 18 de agosto, nosso Seminário participou mais uma vez de uma bela tradição de anos em nossa casa, a participação no Jubileu de Nossa Senhora da Piedade em Felixlândia. Em sua 62ª edição, o jubileu desse ano teve como tema “Guiados pela Mãe da Piedade e sempre peregrinos de esperança” em preparação para o Jubileu da Esperança em 2025. Durante 15 dias, devotos e romeiros se reúnem no Santuário para se preparar para uma das maiores festas religiosas da Arquidiocese. Mesmo o jubileu tendo 62 anos com o formato atual, a festa dedicada à Virgem da Piedade vem acontecendo desde a fundação da paróquia em 1884, inclusive antes mesmo da fundação da paróquia e da cidade de Felixlândia, a pequena vila de Piedade do Bagre já nutria a devoção pela Mãe da Piedade.

A nossa romaria se iniciou com uma calorosa acolhida no Santuário pelo pároco, Pe. Maurílio, e pelas famílias que nos acolheram em suas casas durante o fim de semana. Ao chegarmos no Santuário, como peregrinos e devotos, cantamos à Virgem a Salve Regina, entregando nossas vidas aos cuidados de tão bondosa mãe. No início da noite, participamos do santo terço na casa de Dona Dalva e sua família, que nesse ano foram os mordomos do mastro; após o terço, subimos em procissão para o Santuário junto da comunidade felixlandense, a fim de celebrarmos o último dia da quinzena em preparação ao grande jubileu. Após a Santa Missa e o hasteamento da bandeira de Nossa Senhora, apreciamos o espetáculo pirotécnico e aproveitamos o primeiro dia de comemoração na barraquinha, com música, alegria e o melhor da culinária do nosso povo.

No domingo, solenidade da Assunção de Maria, a cidade despertou às 5h30 com a alvorada repleta de fogos, badalar dos sinos e música, tudo para anunciar que o grande dia do Jubileu se iniciara. Pelo número de romeiros, as celebrações no Santuário precisaram se multiplicar e nós estivemos presentes em todas as celebrações, às 06h, 08h, 10h, 12h e 16h. Durante todo o dia, a cidade se encheu com a presença de romeiros e visitantes, e, além das celebrações, eles aproveitaram o dia para visitar e deixar registrado suas promessas na sala a elas dedicada, visitar a imagem para fazer suas orações, aproveitar as barraquinhas ambulantes que tradicionalmente transformam as ruas em uma grande loja a céu aberto e também se reunir em família na barraquinha da paróquia; e, obviamente, nós seminaristas vivenciamos toda a experiência.

Tradicionalmente a celebração das 10h é marcada por um expressivo número de romeiros, visitantes e devotos da cidade por ser a celebração que anteriormente acontecia o rito do descendimento da imagem de Nossa Senhora do altar-mor para o seu andor. Devido ao tombamento da imagem, por ser uma obra original de Aleijadinho, o rito foi substituído por uma entronização da réplica da imagem em seu andor para conservar a imagem original e evitar a sua deterioração no trajeto da grande procissão, conservando, porém, toda a emoção ao ver entrando no Santuário lotado de fiéis a imagem da mãe adornada de flores e protegida pelos seus guardiões.

A última celebração do dia foi presidida pelo nosso arcebispo, Dom Darci, e concelebrada por Pe. Maurílio, Pe. Joaquim e pelo reitor do seminário, Pe. Darlan. Após a celebração, se iniciou a grande procissão pelas ruas da cidade, milhares de fiéis tomaram conta da cidade com seu testemunho de fé e amor por Nossa Senhora. Nós, ajudando no trajeto da procissão com cantos e orações, pudemos perceber a fervorosa fé de um povo que confia na poderosa intercessão de Nossa Senhora, e que, através do cumprimento de suas promessas, estendem as paredes daquele Santuário para toda a cidade. A procissão se encerrou na praça do Santuário, com uma multidão que se apertava para prestar suas homenagens e prestar sua última homenagem no jubileu da Mãe da Piedade.

Todos os dias da quinzena os devotos rezavam no Santuário: “incomparável Nossa Senhora, quem vos implora não teme a dor, cantem os astros, cantem os ares, cantem os lares o teu louvor”, e foi assim que se encerrou mais um jubileu, cantando os louvores da Mãe da Piedade entre o som dos fogos, dos sinos e das promessas que com certeza se farão presentes no próximo ano. Retornamos para casa ainda na noite do domingo encerrando a nossa romaria, diferentemente do povo felixlandense que, assim como na casa de mãe, sempre depois do fim da festa comemoram só com os que “são de casa”, tendo ainda toda a segunda-feira para aproveitar os últimos momentos da festa que partilharam com todos, mas que têm a alegria de chamar de sua.

Compartilhar:

Tags:

NOTÍCIAS